Treinar as emoções para ser feliz

“Treinar as emoções para ser feliz” é o título de um livro do fantástico psiquiatra, psicoterapeuta, cientista e escritor Augusto Cury, e é o tema do meu último artigo escrito para o Repórter Sombra.

“A cada dia que passa, a ideia de sermos felizes parece ficar mais distante. Se há dias, ou momentos, de paz e alegria, logo a seguir somos invadidos por céus negros e tempestades. Quando algo começa a entrar nos eixos, parece que outros se desencaixam e descarrilam. Como areia nas mãos, a felicidade foge-nos por entre os dedos. «Os poetas homenagearam-na, os romancistas descreveram-na, os filósofos contemplaram-na, mas grande parte deles saudaram-na apenas de longe.»
….
Este conhecimento, e muito mais, está disponível na obra de cento e sessenta e uma páginas repletas de experiências, ilustrações, histórias, lições e conselhos que visam ajudar-nos a reprogramar as nossas vidas transformando-as para melhor.
Ler é saber, saber é poder!“

Artigo completo aqui:

https://reportersombra.com/treinar-as-emocoes-para-ser-feliz/

Dia Mundial do Livro

Ontem, Dia Mundial do Livro, tive o privilégio de apresentar os meus três livros aos artistas da Apoiarte – Casa do Artista .

Foi uma tarde fantástica, em que saí mais rica e de coração cheio. A actriz Manuela Maria ainda me emocionou com um poema que declamou olhando sempre nos meus olhos🥹💖Que dom! 🙏🏼

A arte: a literatura, a pintura, a música, o teatro, a revista, o cinema, a dança, a escultura, a fotografia são as cores que enriquecem a nossa vida e nos permitem sonhar, viajar e voar sem sair do nosso lugar.

Vamos apoiar mais todas as iniciativas culturais e a literatura nacional! Merecem e têm poucos apoios e recursos.

Quanto a mim, sinto-me privilegiada por ter estado a falar sobre livros e poesia com pessoas que tanto deram ao nosso país e que têm uma experiência e sabedoria muito superior à minha. Com eles só temos a aprender e a agradecer pelo seu contributo às artes nacionais.

Obrigada Ricardo Madeira pelo convite, simpatia e carinho com que me receberam; obrigada amigo Jaime R Ferreira que, através da Amarte, proporcionou este encontro 🙏🏼❤️

Será?

O dia chegará
Bocas podres serão silenciadas
A verdade prevalecerá
Mentiras
Falsidade
Ódio
Inveja
Todos terão o seu quinhão

Diz que disse
Diz que viu
Diz que fez

Será?
Quem conta um conto
acrescenta um ponto

Aguardemos.

O dia chegará
A luz trará à tona
E o tempo dirá

Todos aqueles
que com raiva
tentam destruir
Santos pregam ser
Batem no peito iluminação
E de Deus usurpam o poder

Infelizes
Pobres
Pois apenas
almejam
livres ser

Imaginação

Neste mundo
Somos vagabundos
Sem abrigo
num casulo global
de detritos
e podridão

No outro
Flutuamos
Brincamos
Rimos
e abraçamos

Somos carne
Somos sonhos
Neste mundo
e no outro

Brincadeira de crianças
Inocentes até ao âmago

Disparamos e matamos
Maldade em crescendo

Neste mundo
E no outro
Somos tudo
Somos nada
Somos um
Somos todos

Bom fim de semana ☀️

Bebés

Quem tem filhos perceberá o que vou dizer.
Há uma magia inexplicável que só os bebés têm. A suavidade da pele, os pequenos dedos, as mãos rechonchudas, as pregas das coxas, os lábios desenhados em tons de rosa, o pequeno nariz… enfim, tudo é uma delícia. No entanto, para mim, o apogeu é a cabeça. Aquele pequeno mundo redondo de algodão suave, cheiro celestial e toque divino. É o pináculo da criação. Respirar aqueles cabelos, com o pequeno corpo encostado ao peito é simplesmente a melhor sensação do mundo. É a paz que invade e não deixa espaço para mais nada que não seja amar.

Sete anos

Fez em janeiro sete anos que decidi perceber se o meu gosto por escrever tinha pernas para andar ou se não passava apenas de um prazer (diria até necessidade) ou mania que não me saía da cabeça.

Inscrevi-me no 34º CNEC (Concurso Nacional de Escrita Criativa) e durante dez semanas fiz os textos propostos e fui analisada por três júris. Dos cento e quarenta e seis participantes que chegaram ao fim, a nota mais baixa foi quarenta pontos e o vencedor, com a nota mais alta, teve quatrocentos e trinta e oito pontos. Eu fiquei no sexagésimo nono lugar com quatrocentos e um pontos.

Fiquei contente. O resultado excedeu as minhas expectativas e deu-me algum fundamento para não virar costas a um sonho que me perseguia – escrever um livro! Assim, uns meses mais tarde, inscrevi-me numa Oficina de Criação de Obra e foi aí que o meu primeiro livro, 777, começou a ganhar vida. Finalmente, publicado e lançado em 2021 na Feira do Livro de Lisboa, tornou-se uma realidade e um sonho concretizado.

Nesse intervalo de tempo, abri uma página nas redes sociais – Cenas d’Escritas, um grupo de poesia no FacebookAlma de poeta, alma inquietA, o blogue e comecei a mostrar algumas coisas que ia escrevendo: poesia, crónicas, mini contos, pensamentos, frases motivacionais… o que me ia cá dentro. Comecei a ser convidada para tertúlias, entrevistas em rádios, podcasts, participei como coautora em mais de uma dúzia de Coletâneas Poéticas e tive o privilégio de ver quatro poemas musicados e lançados em CD por dois músicos nacionais. Depois, em 2022 e 2023, coordenei e editei duas coletâneas poéticas homónimas do grupo Alma de poeta, alma InquietA.

Tive, também, a imensa felicidade de ver o meu primeiro romance – 777 – ganhar o Prémio de Melhor Obra de Fantasia 2022, atribuído pela editora.

2023 foi, também, um ano em cheio ao publicar dois livros completamente diferentes, mas que me são muito estimados. Em março, o livro infantojuvenil O irmão de Sofia trouxe à luz uma realidade latente na sombra da sociedade: o preconceito e a falta de informação sobre a Trissomia 21. Como mãe de um menino com esta característica genética, desde o nascimento que sinto na pele as dificuldades que ainda existem e a exclusão que, infelizmente, muitas escolas praticam em oposição à inclusão que apregoam. A palavra irmão do título foi escrita pelo meu filho, as ilustrações foram feitas por seis jovens adultos, utentes do CACI, da CERCISA, e isso faz com que este livro seja único, especial e diferente dos demais. Não há outro igual. A história da família da Sofia e do Santiago é contada na perspectiva da irmã mais velha. Parte do lucro das vendas reverte a favor dessa instituição.

Em outubro fiz o lançamento do meu terceiro livro – Cinco Contos Te Conto. Um livro de fácil e rápida leitura com cinco histórias diferentes e cinco ilustrações, antecedendo cada uma delas. Tenho muito orgulho nele. Acho, sinceramente e modéstia à parte, que está muito giro. Sempre adorei histórias, as que a minha avó me contava e as que lia nos livros, desde os meus sete anos. Este livro é como um regresso à infância e à adolescência, com inspiração nos mestres que me fascinavam: Enid Blyton, Agatha Christie, Alfred Hitchcock e Stephen King. As ilustrações do Guilherme Alves dão-lhe a cor e o toque final que o tornam tão apelativo.

Entretanto, como adoro estar sempre a aprender e quanto mais leio e estudo mais vejo que nada sei, fiz, no ano passado, um Mestrado Internacional em Escrita e Narração Criativa, online e estou, atualmente, a participar numa Oficina de Introdução à Escrita Criativa.

Sete anos passaram num instante, mas traduzem toda uma vida de paixão pelas letras, pela poesia, pela arte, ocultada pela vergonha, pela falta de tempo e confiança. Felizmente, os quarenta e a pandemia criaram as condições para este amor emergir.

Precisava contar.

Presente

Viver no presente. Apreciar o momento, respirar, sentir e agradecer a vida. Não é fácil. Já

Vivemos muito ansiosos quanto ao dia de amanhã, ao futuro, às responsabilidades e, muitas vezes, esquecemo-nos de ESTAR presentes no momento.
Por vezes, ficamos presos na armadilha de “onde devia estar”, “o que já devia ter conseguido alcançar”, e isso apenas traz ansiedade e stress que nos vai prejudicar a saúde a todos os níveis.

Ame-se como é e onde está. O tempo divino é perfeito e tudo acontece no momento certo.

https://www.bibliaon.com/versiculo/mateus_6_25-34/

Nós

Quantas são as voltas,
os nós, as teias
que tenho de desenredar até tornar tudo claro
leve, fluido, perceptível
transparente como a água
de um riacho que corre
sem tempo
nem pressa
Sabe o seu destino
e não se apoquenta
Confia
Navega
Sábio intemporal
E eu?
Quantos nós tenho de desatar
Quantas ondas engolir
E tu?
Quantos passos em caracol
Quantas quebras em redor
E nós?
Quantos verbos sem sentido
Quantas vezes sem saída
Cabeçadas em betão
Pés em falso
Quedas sem sentido
Quantos?
Quantos nós nessas cabeças
Quantos laços nesses sopros
Até quando?

Páscoa feliz ✨